segunda-feira, 20 de outubro de 2008
O violinista do metrô
Um cara comum, vestindo jeans, camiseta e boné toca durante 45 minutos numa estação de metrô. Ninguém se importa muito com a cena. Afinal, já vimos tantas vezes né?
E se todos ali soubessem que o mesmo violinista se apresentara alguns dias antes no Simphony Hall, de Boston, com ingressos chegando ao custo de 1000 dólares?
Joshua Bell, um dos melhores (e mais bem pagos) instrumentistas do mundo tocava em um violino de milhões de dólares, executando peças raras para uma platéia que era quase que completamente indiferente. Ser aplaudido por uma platéia em noite de gala e dias depois ser ignorado por alguns que talvez até o tenham visto tocar? Como será isso?
O jornal Washington Post foi o responsável pela iniciativa, com um intuito de lançar um debate sobre arte, valor e contexto. Sobre a experiência com Joshua Bell, fica a lição: só damos realmente valor a algo, se ele está num contexto. Sem um pano de fundo demagogo, nós somos capazes de ignorar a existência, o talento e o valor de qualquer ser humano.
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Um comentário:
Definitivamente o artista de rua não é valorizado. Se tivessem reconhecido o violinista, isso seria bem diferente mas, como ele estava no metrô as pessoas nem se deram ao trabalho de olhar no rosto dele, achavam que aquele violinista era só mais uma pessoa que ganha a vida tocando instrumentos no metrô e não lhe deram o devido reconhecimento e prestígio. Eu acho que as pessoas não dão valor para a arte em si, elas dão valor só para o status do artista. A arte pode ser maravilhosa mas, se o artista não for um chic famoso, elas não vão nem ligar.
Beijos
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